Fogo


As chamas subiam por suas asas. Sentada, uma perna esticada e a outra encolhida, cabeça levemente inclinada, cabelo preso. 
Tudo ardia. 
Ela parecia nem perceber. Continua do mesmo jeito, só respirava, ou tentava. 
Seu corpo brilhava em chamas, laranja, vermelho, preto. 
Um anjo, um anjo que queimava. 
O inevitável, o sagrado.