Se eu fosse eu, jamais olharia para você de novo. Se eu fosse eu, com tamanho desprezo, nem meu olhar desperdiçaria. Mas eu não sou mais eu. Sou tantas e tantas que refiz pela manhã.
As inúmeras, várias, que surgiram no depois.
Mas se eu fosse eu, era isso que faria. Será? Se não sei hoje, quem diria que saberia quem um dia eu fui.
Minha carne dói como fogo em brasa, tantas águas vivas dentro de mim. Meu pulso lateja a pulsação que só pulsa. Só.
Essa noite, mais uma vez, fui ao encontro de mim. Encontrei-me no silêncio e no grito abafado.
Já não perco mais o sono. Pela manhã, renasço. Adorável.
E volto pra casa.
"A palavra é meu domínio sobre o mundo"