No tempo do próprio tempo

Hoje olhei com saudade para a tela do futuro irrealizável. E pensei o quanto aquietar a si mesmo é calar sua voz com imprecisão.

Ser grito também é calmaria. Na paz, a explosão se faz silêncio. 

Um silêncio cotidiano, em doses homeopáticas, serenas e maduras.  

Não se pode mudar o curso do rio, por isso observo as águas. 

E elas passam sem pressa, no tempo do próprio tempo.