Fiquei meses sem ter o que escrever. Sem conseguir imaginar cenas, sem abastecer as histórias, sem criar.
Anos, vidas inteiras com a tela em branco, sem uma só palavra.
Não estive esperando, não estive no ócio criativo. Eu simplesmente não estive.
Me ausentei, sai das coisas todas, esqueci de outras.
A dureza da vida adulta que bate à porta com más notícias e leva embora a ingenuidade dos sonhos.
Leva embora o tempo.