Vez ou outra, dia sim, outro não. De vez em quando, às vezes. Ou quase sempre.
A frequência pouco importa. Talvez o que valha mesmo não faça nenhum sentido. Ou faça.
Certeza nenhuma. A vida é um eterno ponto de interrogação e o que a gente tem é só especulação.
A gente cria, imagina. Como imagina. E de ilusão, respira. Dia a dia, um pouco por vez.
A rua é só uma ligação e ela anda nela como quem passeia por cima de um tapete, passo a passo.
Vê seus olhos marrons a cada esquina.
Vê o que foi e o que ficou. Vê o que ninguém poderia ver e sorri. Segredos do desejo.
Toca o profundo sem conseguir conhecer o superficial. Desdenha das entrelinhas e suspira sem controlar.
Na taça cheia, aprende a transbordar.