Coexistir no espaço onde ninguém habita.
Criar, reinventar, prosperar e enterrar - talvez não na mesma ordem.
Dar voz ao tempo, ser real, e esquecer.
Crescer no vazio entre a saudade e a necessidade de olhar pra frente. Construir.
Sem válvula de escape, sem anestesia. Só noite pós noite, dia pós dia.
Mais um ano. Um bolo, uma vela, uma fotografia. A vida passando lentamente na agenda, sem atenção.
O cheiro de caderno novo da infância divide espaço no armário com a naftalina dos casacos sem uso.