Quatro partes de papelão para montar. Encaixo e pronto, uma caixa em cima da mesa. Um por um, coloco meus objetos pessoais dentro dela. Calculadora, post-it, porta-lápis, agenda, livro, porta-retrato. Olho para a mesa, para a cadeira, para a tela preta, sinto meu coração desacelerar. Há uma certa paz na despedida.
Há uma certeza na escolha - depois dela nada será como antes.
Deixar o que te tem para trás ou deixar-se ir sem ter, sem levar ou guardar.
Como é que eu vou embora, penso, e fecho a porta sem me despedir.