Quanto cansativos


Quando o barulho rompe o escuro, o calor, e o que se vê não pesa mais que um incômodo na mão. 
Quando o rosto molha, os pés enrijecem, as pernas amolecem e o coração congela. 
Quando o pensamento cessa e a cabeça voa no compasso do vento de um ventilador qualquer que amontoa partículas de massa de ar enquanto no teto uma mosca perdida parece não ter para onde ir. 
Quando tudo é um todo que jamais se saberá, com centenas de pontos e vírgulas e recomeços tão infindáveis quanto cansativos. 
Recomeços atropelados por um final que nunca chegou de um começo que nunca aconteceu.