No quintal


Céu negro e estrelas brilhando. 
Taça de vinho para relaxar do dia extenso, daqueles em que tudo que se quer é sentir os músculos amolecendo e a cabeça girando. 
Nenhum barulho sequer, todo resto do mundo dormindo.  
Silêncio de interior, a vida se fazendo mais calma, e eu aqui, na contramão, enumerando os pensamentos como pilhas de papel em cima da mesa. 
Semiseco que adormece os lábios, a dor, compreendendo incoerências coerentes.
Luz voando sozinha no ar fresco do quintal.