Tem tantas horas em que tanto é sempre tão pouco.
Horas em que o nada toma conta do que antes parecia ser tão completo. E esse vazio que um dia já foi cheio.
O copo antes consolava as horas, a música, a fuga.
Estar no controle, não sob controle.
A rua sem carros, sem lua, sem estrelas. Sem chão.
O relógio congela, os ponteiros rodam sempre a mesma fração.
Gotas escorrem pelo vidro da mesa.