Sentia alguma coisa arrebentar. Doía, mas não era físico.
Números, números. Fartara-se deles.
Contudo, embora frágeis, preferia as palavras.
Trazia-as, cada uma delas, a seu modo.
Só palavras. Não, não para ela.
Só palavras. Não, não para ela.
Não eram somas de letras, eram pedaços.
De si, do que sentia. Pedaços.
Consoantes e vogais que espalhavam cor de dentro pra fora, fora pra dentro.
Lamentava portanto, essa noite, serem assim, tão desperdiçadas.