Andou pela calçada como quem desfila em um tapete de flores.
Pisou cada centímetro de chão cinza com o coração mais feliz do que de quem nada no mar azul de Punta Cana.
Podia parecer pouco, mas não era.
Era tanto. E tanto.
Tanto que tinha vontade de cantar.
Aquela noite de ar gelado aquecia-lhe por dentro.
Nada resolvido. Nada concreto, palpável, como aqueles fins de tarde no ano passado. Mas era um começo. Um recomeço.
Recomeço de algo que nunca começou, mas que também, dentro dela nunca terminou.
Entre pensar e entristecer com duras conclusões ou sonhar e permitir-se imaginar, seguiu o plano B.
Noite longa. Longa, longa noite.