Fantasia (que a gente cria)


Ela voava quando olhava pra ele. F l u t u a v a - sem nem tirar os pés do chão. 
Tinha efeito avassalador sobre seus dias, dominava seus vastos pensamentos, suas certezas mais concretas, seus instintos. Bagunçava. 
Tinha os olhos doces. Doces, mas tão doces, que não conseguia parar de olhar. 
A boca e a pele, as mãos, o cabelo. Tudo.
Nada. 
Era um ponto, o tal ponto final. 
Difícil era fazer seu coração entender.