Relógio. Tudo agora se resume nele.
Doze horas distribuídas em dois turnos. Claro e escuro.
Sai cedo, volta tarde. Ganha pão da vida em contramão.
E o cansaço que nos impede de ver. Fadiga incapaz de ser.
Ficamos presos nos ponteiros, contando os minutos.
Pra que não se sabe, tarde demais.
Pra que não se sabe, tarde demais.
E então a vida se faz. Ponteiro a ponteiro num ritmo fugaz.
Aqui jaz.