Escuro. Quatro paredes de papelão duro.
Objeto qualquer em cima da estante.
Lembranças presas em janelas esbranquiçadas - embrulhadas em papel de seda branco cheirando naftalina.
Memórias espalhadas.
Mais peças chegam a cada fase, contrastes.
Desenhos, formas e cores. Tantos amores.
Luzes de noites desfocadas, verões que já passaram.
Filhas de tantas lentes.
O que não se tem é o que ainda não veio – muito ainda não revelado.
Tudo nascendo de um toque.
Olhar enquadrado.
No berço da história, rugas atuais.
Sépia, meio tom. Atemporais.
Páginas ilustradas de uma vida, sempre nela contida.
Lugar perfeito pros dias solitários. Real despertando o imaginário.