Da moldura ela sorri quase intocável.
Corpo esguio, postura perfeita, traços de boneca.
Suas mãos seguram flores. Brancas mãos.
Seus lábios sorriem.
Mas, alguma coisa não se encaixava.
Não era o vestido, tampouco o cabelo - tudo em sintonia.
Ainda assim, fora do lugar.
Talvez fosse nervoso, sono de uma noite mal dormida.
Talvez angústia de mudar-lhe a vida.
Mas não.
Algo nela gritava - de longe se ouvia.
O que era não sei. Seus olhos nunca me contaram.