Quando estou (sou)


Por vezes eu sou, por vezes estou
Nada é quando faz-se mudança

Itinerante, então, achego-me aos cacos de vidro que espalhei pelo chão
Junto às flores que ganhei, tantas flores

Carrego a timidez com a ponta dos dedos, leve
Enquanto flerto com a certeza dos meus pontos finais

Movimento frio de um gato, doçura de cachorro adotado
Calibro bem o meu espaço

Metade que integro, invento, reinvento
Metade que no estreito cabe

Argumento