Enquanto as estrelas caem, ela olha pela janela.
Quarto escuro, feixe de luz que entra singelo sem incomodar.
Pele branca, camisola negra.
Uma música que a faça parar de pensar. Dose que organize os sentimentos.
Exagero que entorpece, lábios dormentes - quase um beijo.
Enquanto as estrelas caem sozinhas, ela se encanta.
Fascinada, não as tenta segurar. Elas ferem sem saber.
Lua, nuvens negras e só.
Estrelas de fora, de dentro, que brilham e apagam em seu mundo.
E o mundo não é nada além do seu abajur.