Dia sim, dia não



"Eu vou sobrevivendo sem um arranhão"

E o tempo rola feito novelo de lã no chão frio. O gato corre, corre, mas cadê que o alcança? 
O tempo é teimoso, vai pra baixo da estante. De lá só sai quando bem quer. Enquanto isso ficamos a esmo, sem saber o que fazer enquanto esperamos sua vontade.
Do novelo, só a saudade. 
E eu? Tô indo. Dia sim, dia não. 
Ora com minhas entranhas, ora com meu botão.
E aquele inverno que arrebentou a normalidade. Embaraçou os caminhos, te deixou sozinho. 
No mais, é viver em paz. Porque retroceder, jamais.