De volta pra casa


Somos filhos pródigos. Uma nação de Santos Cristos. Garotos que queriam mudar o mundo, e sim, estávamos assistindo a tudo em cima do muro. Somos incapazes de acreditar, de se orgulhar, de lutar. 
Ou melhor, éramos. Hoje isso pode ter ficado no passado. 
Milhares de pessoas nas ruas, capitais inteiras tomadas de gente, bandeiras, pulmões cantando um hino que parecia esquecido. O Gigante acordou.
Acordou? Não, NÓS acordamos. Ele sempre esteve ali, lindo, cheio de curvas, praias, povo. 
Povo – palavra tão denegrida que quando usada, normalmente é no pejorativo. Mas, somos, sim, povo. Homens, mulheres e crianças de um país tão imenso que se perde em suas fronteiras. 
Brasileiros, verde e amarelo, canarinhos. Mais que torcedores de uma seleção, somos criativos, solidários, quentes e falantes. Tem quem não goste, mas, e daí? Pagar pau pra gringo é fácil quando nunca moramos fora da casinha. Afinal, o hotel pode ser de primeiro mundo, mas nada é melhor do que a casa da gente.


"Verás que um filho teu não foge à luta,

Nem teme, quem te adora, a própria morte"