Das inverdades inventadas nas mais obscuras verdades que residem em mim.
Das inverdades que fiz, uma por uma, por acreditar.
Das inverdades sem base, sem sentido, sem futuro. E das criadas cheias de consistência, que pareciam ser, pareciam verídicas por ter peso, ter forma e cor.
Das puras e intensas. De paralisar os olhos, suspender as batidas cardíacas e secar os lábios.
Aquelas em que se perderam as razões e encontraram-se as coragens mais medrosas.
Música para acalmá-las. Música para esquecê-las.
Música para voltar a silenciar o que calo todos os dias.
[Verdades transformam-se em inverdades, basta secá-las. O segredo é não ter segredos. Sim, agora eu sei. Agora eu sinto, sinto muito.
... ou talvez, já não sinta mais.]
... ou talvez, já não sinta mais.]