Às vezes, quando o cansaço de sermos nós mesmos bate, a gente foge por trás do espelho.
Um atalho muda tudo e um mundo se abre, mostrando que podemos crescer ou diminuir em segundos.
Alice partiu quando não aguentava mais, quando queria saber o que de fato, sentia. Encontrou um país, um lugar dentro de si onde podia experimentar novos sabores.
Titubeava, duvidava dela mesma, mas não caia nunca. Se segurava nas cordas bambas de sua força, sempre tão confusa.
Queria a liberdade encontrada na inocência e paz para seus próprios demônios.
(e quantos demônios enfrentava!)
Formando sombras, Alice era a proteção, a defesa e a própria acusação. E nenhuma culpa é maior do que aquela que carregamos ocultas em nós mesmos.
Conduzindo sua imaginação através das cores devastadas de sua antiga casa, ela atravessa as paredes transparentes do que ouve. Fecha os olhos, deseja sair e se vê distante. Das maravilhas, Alice guarda o gosto amargo.
[Alice descobriu que sua história estava apenas começando, e ao contrário do que todos pensam, seu sonho não tem (nem terá) um fim real]