Havia chegado a data que Docinho mais gostava: o Halloween. Apesar de morar no Brasil, o famoso Dia das Bruxas era esperado pela menina, que saia por sua rua em busca de balas.
Vizinho por vizinho e voltava com sua bolsinha cheia, toda alegre, dizendo que um dos doces ficaria para sua "bruxa-madrinha".
Docinho não era de um todo errada, mas achava as bruxas de fato, mais reais que as fadas. E assim passaram-se anos a fio, sempre comemorando o 31 de outubro, ora com brincadeiras de criança, ora com festas adolescentes.
Docinho então, começou a namorar. E em todo Halloween fazia o namorado vestir-se de preto, enquanto ela, faceira, desfilava seu vestido roxo. Por vezes ele o mimou com os costumeiros doces, mas em determinado ano, após longas discussões e desentendimentos, não vestiu-se à caráter e nem a adoçou o dia, pra ela sempre tão importante.
Doces ou travessuras?
Sem balas, bombons e marshmallows, ela não teve escolha.