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Às vezes dá saudade. Essa saudade que machuca por não saber ao certo de quem é.
Acho que é de mim, ou de alguém a quem fui, a quem mudei, a quem perdi.
Hoje, esgotada a verdade, é perceptível o tanto dos sentidos e o pouco da compreensão.
Varridas de outono, onde folhas e mais folhas lançadas ao chão tornam a vista mais bonita, porém um pouco dolorida.
Se o vi passar e não pude acenar, não me pergunte para onde caminhava, porque eu sempre estive aqui.
Não sei se sempre estarei. A certeza é a minha única dúvida agora.