E quando falta alguma coisa?
E quando essa falta se torna sufoco e o sufoco antecede o medo, que dá espaço à desistência?
E quando a gente desiste de si mesmo?
Livros de auto-ajuda já não ajudam mais. Estamos na era do vazio, ou na era da descrença. Mas o problema maior é quando não acreditamos mais na própria utopia.
Um barco sem remos.
Cada um sabe a importância que dá aos sonhos.
Vivemos em constante pressão. A pressão de ser boa o suficiente para ser reconhecida o bastante. A pressão de ser reconhecida para ser grande e a de ser grande para ter admiração. Aquela mesma admiração que te trará tudo o que deseja. Será?
Cada passo é observado/analisado, como se precisássemos provar o quanto merecemos. E, precisamos disso?
É, o ponto de interrogação anda sendo um companheiro constante nos últimos dias.
"Eu vejo um horizonte trêmulo
Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado
Mas a dúvida é o preço da pureza
E é inútil ter certeza"