Ah, o amor!


Errado seria dizer que acordei no meio da noite pensando em você.
Pensar em você não me desperta, me faz sonhar.

Mas hoje, muito embora quase todos os dias sejam infinitamente constantes, imaginei que estivesse aqui.

Mais que imaginar, pude notar que sorri, perdida por entre as lembranças das loucuras que fizemos, do amor não calculado que doamos, quando as contas já não surtiam mais efeito.

Sílabas e palavras semi prontas, preenchidas quase que por acaso, sem pensar, e que surtiam o mais delirante dos efeitos entorpecentes em meus ouvidos, sempre tão atentos em te ouvir.

Murmúrios de gente que esquece dos limites porque a razão foi superada e a dor é pequena demais para vencer a insistência.