Tenho horror à covardia.
E por assumir a coragem, deixo-me sentir - e por sentir talvez já não pense mais.
E não veja, porque quem sente por vezes também não enxerga.
Dias brancos não vão me conformar.
Com as mãos calejadas de um trabalho imaginário, cobri- me de vitórias vãs, mas, quem vence aos outros nem sempre consegue vencer a si mesmo.
Tive fé.
Ele talvez fosse com isso mais independente, escrevendo a cada dia, passagens escolhidas a dedo. Mas ele esperou.
Esperou que eu as fizesse. E as fiz.
Depois, parei para observá-las, como Deus após criar o mundo, pois cada um é seu próprio Deus, fazendo sua história entre o bem e o mal, entre a força e a descrença.
E descansei merecidamente, após dias de muito sacrifício.
Desta vez estava em casa e me sentia à vontade com meus ideais, permanecendo em meus poros a longa e mágica sensação de que desta vez, tinha feito a escolha certa.